02 de Novembro de 2015 – Sol quadratura Lua

Pegada Astrológica Por ClaudiaVannini
02 de Novembro de 2015 – Sol em Escorpião em  Quadratura com Lua Disseminadora em Leão
48 horas em que homens e mulheres jogam em times opostos. Como lidar? A Lua em Leão sabe pressionar e arrancar o couro de qualquer homem. O Sol em Escorpião drena as energias femininas e puxa a Lua, a leoa e sua juba para as profundezas do  poço emocional. O resultado do jogo deve ser um homem muito irritado com tantas demandas ou uma mulher com o emocional destruído. A solução é um afastamento planejado ou um combinado sobre mulheres mandando pouco e homens jogando menos com barganha emocional. Pode funcionar. No dia de Finados, saber lidar com a casa 8 das transformações e transmutações, é um desafio. Como não ficar triste num ambiente em que há saudades, dor e perda? Perder é subjetivo quando há evolução espiritual. Ao sair do Eu, olhar o contexto e o cenário, você pode começar a perceber que não se perde o que não se tem. Ninguém possui nem seu próprio corpo e aí existe a chance de expandir a consciência, lembrar dos que se foram, brindar a vida que tiveram na Terra e desejar em meditação que eles estejam evoluindo e crescendo como almas ou Seres mais avançados. Cada um, dentro da sua fé, pode repensar esses conceitos sobre morte e apego ao corpo físico. Ao olhar a morte como libertação da prisão que é o corpo físico, você pode se surpreender e conectar com algumas lembranças sobre um mundo melhor, um mundo sem corpo nem linguagem, onde a harmonia é plena e a evolução é contínua. Se não há corpo, a alma pode circular por diversos mundos e encontrar, reencontrar, reviver vínculos magnéticos de afeto e amor. A alma sempre saberá por onde passou e com quem viveu. Saberá muito bem quem foi afeto ou se houve alguma pendência. Muitas dores jamais serão curadas nesse planeta. Nem sempre a Lei da Reencarnação garante que as almas vão se encontrar. Muitos, terão que resolver suas pendências em outros planetas, com outras dinâmicas, outras circunstâncias e até aqui na Terra, com outras pessoas que forneçam as mesmas oportunidades. A aventura, que é o planeta Terra, fornece um corpo na entrada e obriga a devolução na saída. A alma não; essa contém tudo, inclusive recursos que ainda não sabe. Chorar em cemitérios ou passar o dia em depressão é uma escolha cultural. Lembrar com amor dos que estão em outros mundos é uma evolução que rompe, regenera e faz avançar. Homenagear todos que se foram e desejar a eles a alegria de uma vida renovada, emitindo vibrações de carinho e afeto faz bem a eles e a nós.Mentalmente, fortalecer o magnetismo entre as almas para que nos reconheçamos em qualquer mundo e possamos rir sem lábios, falar sem boca e amar sem coração. Nem por isso será menor…NAMASTE_/\_
Em homenagem a todos que se foram, o poema de Fernando Pessoa, escrito em Outubro de 1890.

Na Véspera de não Partir Nunca

“Na véspera de não partir nunca 
Ao menos não há que arrumar malas 
Nem que fazer planos em papel, 
Com acompanhamento involuntário de esquecimentos, 
Para o partir ainda livre do dia seguinte. 
Não há que fazer nada 
Na véspera de não partir nunca. 
Grande sossego de já não haver sequer de que ter sossego! 
Grande tranqüilidade a que nem sabe encolher ombros 
Por isto tudo, ter pensado o tudo 
É o ter chegado deliberadamente a nada. 
Grande alegria de não ter precisão de ser alegre, 
Como uma oportunidade virada do avesso. 
Há quantas vezes vivo 
A vida vegetativa do pensamento! 
Todos os dias sine linea 
Sossego, sim, sossego… 
Grande tranquilidade… 
Que repouso, depois de tantas viagens, físicas e psíquicas! 
Que prazer olhar para as malas fitando como para nada! 
Dormita, alma, dormita! 
Aproveita, dormita! 
Dormita! 
É pouco o tempo que tens! Dormita! 
É a véspera de não partir nunca!”

Álvaro de Campos, in “Poemas” 
Heterónimo de Fernando Pessoa 



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